terça-feira, 10 de maio de 2005

2 casos infelizes

O que querem afinal os homens? Uma carinha laroca que diga que sim a todos os seus caprichos? Alguém que dê um pouco de luta e faça um bom braço de ferro de início, mas que ao fim de pouco tempo caia aos seus pés, esperando pacientemente em 2º plano pelo dia em que o papel principal surja? Fechando constantemente os olhos para não ver as provocações e escapadinhas (até as mentais) que lhe vão inflingindo? Ou alguém sincero, frontal, que não esteja disposta a abdicar dos seus princípios? Ou será que cedo percebem que não têm estrutura emocional e/ou paciência para viverem com tal feitio a seu lado? Basta de jogos!!!

Nunca entendi muito bem aquela ideia que "fica bem, mas é nas namoradas dos outros", quer estejamos a falar de 1 decote mais revelador, de uma mini-saia mais ousada ou simplesmente um estado de espírito mais "louco" e rebelde!

Afinal os homens não olham para essas mulheres? Não as desejam? Não gostavam secretamente que a namorada não estivesse ao seu lado nesse momento, ou que tivesse ido passar o fim-de-semana a casa da avó doente a quilómetros de distância?

Não posso deixar de me lembrar da minha própria experiência, com um namorado de vários anos anos, a que vou simplesmente chamar "K".

Quando nos conhecemos, eu era (grande parte dos dias)uma rapariga possuída por uma boa disposição contagiante. Maquilhagem, acessórios, etc eram o mote do dia e não havia festa a que não estivesse disposta a ir. Ora o tempo foi passando, e a relação evoluindo; de conhecidos a amigos, de amigos a namorados. Não me apercebi logo, no entanto, das mudanças graduais mas abismais que ele conseguiu provocar em mim.

Maquilhagem começou a ser coisa rara, uma roupa mais sensual motivo de discussão. Posso dizer que abri os olhos a tempo e com frequência me perguntei se as fortes críticas e palavras amargas que ele sempre tinha reservadas para raparigas que dessem mais nas vistas, não esconderiam um desejo secreto da sua parte. Mas é claro que sim! É claro que ele também tinha alturas em que desejava que eu estivesse a visitar a minha avó doente. Era bom olhar para elas, ainda que ele achasse que não era correcto. Mas impensável seria alguém olhar para mim da mesma forma!!!

Mas não me entendam mal. Olhar não é trair. Não temos que olhar só para quem está ao nosso lado sem olharmos em redor. Pelo contrário, até acho saudável. O que não acho saudável é todo o comportamento por trás da atitude do K. Mas mais tarde percebi que o seu maior problema era a insegurança em si próprio. Como se ninguém o conseguisse ver como eu o tinha visto. Até ao dia em que ele achou que isso tinha acontecido. Aí é que o verdadeiro K se revelou. Mas agora um segredo que ele ainda vai demorar para aprender; nunca ninguém o verá como eu vi!

A minha situação não teve, no entanto, nada de espantoso quando comparada com a maioria dos casos que conheço. Como aconteceu com a C, quando começou a namorar com uma autêntica besta do Neolítico. Tudo nela teve de mudar. Impensável sair simplesmente com as amigas, que ele tratava de tal forma que uma por uma todas se foram afastando,até não lhe restar nenhuma. Parece que estão quase casados e planeiam um filho, mas eu penso nela tantas vezes... Ela fez as suas escolhas e não é nenhuma coitadinha, mas deve estar tão sozinha... Tão completamente desamparada se ele um dia decidir que afinal quer outra coisa da vida.

É claro que estes são apenas dois casos infelizes, felizmente nem todos são assim...alguns são piores, outros com o tempo e alguma teimosia lá se vão safando! No entanto, para grande desilusão minha, o que me parece é que tanto homens como mulheres gostam simplesmente do jogo da perseguição! Claro que sim! Eu também acho que é provavelmente a fase mais gira de uma relação! O que vejo acontecer é que no meio de tantos jogos, esquecemo-nos da relação.. Jogamos pelo simples prazer de jogar..Traímos pelo simples prazer de trair. O fruto proibido desde os primórdios dos tempos que é o mais apetecido.

Parece-me quase impossível encontrar transparência nas pessoas em geral. O egoísmo torna-se soberano e ninguém está imune a esta realidade. Quantas vezes dizemos ao longo do dia a palavra "Eu"? Muitas mais que que a palavra "Nós". Entristece-me ver todos os dias e a toda a hora a busca incessante pela auto-gratificação. Esta forma de tratar os outros como um mero objecto que serve unicamente os nossos propósitos...Somos mais do que meras esponjas para simplesmente absorvermos o que nos rodeia ou sermos espremidos por quem nos controla os pensamentos.

Há dias em que a desilusão reina com mais força que o egoísmo...

4 Comments:

At 1:53 da manhã, Blogger Lumig said...

Olá, vi o teu link no blog do sesc, e segui a sugestão do post dele e deparo-me com a eterna questão que esbarra logo com os homens...
Vou ser sincero e falar só por mim pode ser? Eu simplesmente quero que uma mulher goste de mim como sou... Eu já testemunhei casos semelhantes aos que relataste, tanto de uma perspectiva como de outra (tem que se admitir que não são apenas os homens que são complicados, conheço alguns tipos que tiveram que se modificar por causa das namoradas, mas pronto isso são detalhes...), o principal problema é o egoísmo que existe de uma das partes, e às vezes das duas partes ao mesmo tempo, digo eu...
Bom, acho que virei mais vezes

Cumprimentos

 
At 9:34 da manhã, Blogger Sooni said...

Dark-templar, concordo inteiramente contigo e nunca tentei sequer negar. Apesar de ser 1 guerra dos sexos e haver bons e maus da fita em ambos os lados, temos que concordar que o sexo masculino é o que mais age desta forma.
Obrigada pelo teu comentario e espero sinceramente que voltes!
E jinhos ao sesc por ter posto 1 link no blog dele!=)

 
At 5:20 da tarde, Anonymous Anónimo said...

Sou sua Fã número 1!!
Acho que não há nem oq acrescentar....perfeito
Bjim,
Gabriela

 
At 8:07 da manhã, Anonymous Anónimo said...

BEEEEIBS, Quero ler mais coisas!!!!!!!! E, quem é que vem para aqui gritar sporting? Ai,Ai AI, vá pa outras freguesias que aqui dá-se mal! Mas como tava a dizer QUERO MAIS!!! parou porquê, porquê parou? Uave iu *

 

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