Os Submissos
" The meeting of two personalities is like the contact of two chemical substances: if there is any reaction, both are transformed"- Carl JungTanto homens como mulheres já viveram relações em ambos os lados da moeda. Nalgumas dominamos, noutras somos dominados. É a natureza das coisas. Mas por vezes a natureza da "ralação" é diferente de tudo o que já vivemos. A falta de experiência assusta sempre quando nos deparamos com um caminho totalmente novo à nossa frente. É forte o receio de não estar à altura, que a imaturidade destrua algo que poderia ser realmente transcendental. Talvez seja esse "susto" que nos faz ficar viciados nessa relação. Sentirmos todo o corpo a vibrar de vida a cada pulsação.
Já falei anteriormente da Teoria dos 7%... Foi essa que invadiu a minha vida. É estranho como a nossa perspectiva se torna completamente diferente quando não a observamos como meros espectadores; quando somos forçados a respirá-la e aceitá-la como parte do nosso dia-a-dia.
Quem nunca sentiu os joelhos a tremer ao olhar pela primeira vez para "aquela" pessoa em particular levante o braço! Pois, bem me parecia! Uns mais cedo, outros mais tarde, todos já vimos relampejar, alguns fomos mesmo atingidos pelo relâmpago! A altura em que nos sentimos mais vivos.
Independentemente dessa pessoa fazer parte dos 7% ou não, aquilo de que eu hoje queria falar está relacionado, mas é diferente. Tenho-me apercebido que nem tudo passa com a idade. Os anos nem tudo ensinam, a vida nem tudo esclarece.
Tenho sido defrontada com a realidade de relações algo diferentes. Tudo bem, já aceitei que somos quase todos fast-food, que a maioria da população é simplesmente carneirada, que procuramos integrar os 7%, mas nem sabemos quem ou como são.
Mas o que é que faz um ser humano racional e inteligente permanecer numa "ralação" que não traz quaisquer benefícios? Se enquanto um se encanta o outro se desencanta, algo está errado desde o princípio. Tenho visto e aprendido que um dos maiores problemas das mulheres no geral é que ouvem, mas não escutam. Ignoramos os sinais, tanto os óbvios como os subliminares, tudo para não enfrentar o óbvio quando é contrário ao que queremos.
O que também noto cada vez mais é que os homens têm um sentido mais práctico das coisas enquanto que as mulheres tendem a "dourar a pílula". A insistência em tornar uma atitude feia e injusta em algo romântico.
Pensamento Feminino-"Ele já não me dizia nada há 2 semanas, mas telefonou ontem para ir ter a casa dele porque estava cheio de saudades minhas"
Pensamento Masculino- "Há 2 semanas que não dou uma queca, deixa lá ver se arranjo acção para hoje"
Pensamento Feminino-"No quê que estás a pensar?"
Pensamento Masculino-"Porra, mas será que não tenho um minuto de sossego?"
Pois é, mas tal como nas "brincadeiras" mais "adultas", o Submisso detém sempre o poder sobre a relação, mesmo que muitas vezes não saiba. Dele depende a palavra de segurança que pode parar com toda a engrenagem da "ralação". Porquê que então homens e mulheres se submetem sempre ao mesmo? Será possível que certas coisas não se aprendem com a idade? Basta a situação apresentar-se de outra forma para não conseguirmos discernir o que vai acontecer por experiências passadas?
"No one can make you feel inferior without your permission"- Elenor Roosevelt
4 Comments:
Esta Sra pensa, está comprovado.
Perceber que o "felizes para sempre" só existe nas histórias de Hollywood não é difícil. Difícil é aceitarmos isso para nós próprios. Perceber que no mundo há quem domine e quem se subjugue não é difícil. Difícil é aceitarmos isso para nós próprios. Temos a invulgar capacidade de mascarar o feio com vestes bonitas e vivermos com medo que essas vestes caiam ao longo da nossa vida. Aceitar o feio e construir o belo pelo assumir que só se pode trabalhar o que é e nunca sobre o que não é.
As relações conjugais nuca tiveram, no meu entender, um conceito harmonioso que permitísse a homens e mulheres encontrarem-se dentro dele. Desde a violêcia animal, dos tempos do ramapitéco até ao "engate" de hoje as coisas não evoluíram assím tanto. As mulheres continuam a clamar incomprensão. Os homens continuam a violar o respeito que o sexo feminino merece. Ambos os sexos se apresentam em falta de algo que necessitam mas não têm. Julgo que esta espiral negligentemente humana só passará quando nos sentarmos à mesma mesa e conversarmos e percebermos o que ambos(Homem e Mulher) queremos um do outro. Deixármos o preconceito, o "é feio", o "faz mal", o "é perverso... é o primeiro passo.
A vida é sempre um jogo de subjugação. Muito bem observado. Onde há respeito o dominador só domina até o dominado deixar. Fazer com que o dominador se aperceba das suas responsabilidades e que o dominado é também tem um papel fundamental é o primeiro passo para não andarmos todos a lutar por ser domindares quando por vezes a natureza está no lado oposto, ou até no tão bem equilibrado "meio-termo".
É importante que numa vida, à qual o sentido pode ser dado pelo livre arbítrio, se perceba o que é a gestão da qualidade de vida. Perceber que vivemos em sociedade, o que é que podemos dar à sociedade para que esta nos devolva o que nos dá mais prazer.
"Gestão da qualidade de vida" é o conceito que deveremos integrar nas nossas vidas. É o conceito que representa o próximo passo da humanidade. Assím espero.
Eu confesso que há muito tempo deixei de tentar perceber as relações, já que existem n maneiras e n causas de começar ou acabar uma relação...e nem sempre existem explicações lógicas, mas tal como tu dizes também penso um pouco na teoria dos 7% e também na dos 3 minutos...eu já disse antes em comentários anteriores que eu sou como sou, quem gostar gosta, quem não gostar temos pena(ou não). Agora esse pormenor do dominador vs dominado tem muito que se lhe diga, nem sempre as coisas são o que aparentam...por acaso fez-me lembrar a seguinte citação: "... que não conhecesse a força dos homens e a fraqueza que às vezes nessa força há..." (José Saramago, Memorial do Convento). Li isto algures num post sobre os homens em outro blog e li algures que a força das mulheres reside na sua fragilidade... dá que pensar, embora essas idéias já sejam bastante antigas, mas ainda são válidas por vezes. Gostei do comentário anterior ao meu.
Sem mais nada para dizer despeço-me
beijos e abraços para quem escreve e para quem lê aqui, e um bom fim-de-semana
P.S. - Quando teremos o prazer de ler alguns posts das tuas amigas?
Dark, muito obrigada pelo comentario, interessante como sempre. Já me habituei à tua presença assídua, portanto nada de deambulares por muito longe! =) Lol
O comentário acima do teu é do Lino, que como sempre tem sempre algo a dizer, o que eu acho muito bem!=)
Ah, a Tatiana prometeu-me uma entrada para breve, vamos lá ver...
Beijinhos para todos e continuem a dar corda ao cérebro, senão os fusíveis rebentam!=) Lol
como semrpe, vc atingiu o ponto certo!
the thing is q se não tiver essa diferença, se a gente já soubess etudo desde o início, seria tudo mto fácil e mto chato...
não digo q a gente precisa sofrer sempre, mas é bom ter algum mistério, sei lá...
só minha humilde opinião :p
bjim
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